EDITORIAL




Mais uma vez é janeiro.
O calendário anuncia:
Vai se encharcar de poesia
O Jaguari missioneiro.
Vai acender seu luzeiro
Cumprindo um sagrado rito
O palco nobre e bendito
Tribuna dos cantadores,
Para elevar os valores
Nas vozes de mais um Grito.

O sol que aquece a querência
Neste janeiro escaldante
Torna mais interessante,
Por aqui, a convivência.
E revigora na essência,
Com muita beleza e brio,
No prazer de um desafio
De rimas e poesias,
Junto às areias macias
E as águas claras do rio.

Parceiros, este é o momento
De cantar para o Rio Grande.
Nossa mensagem se expande.
É cultura em movimento.
Tudo, graças ao talento
Dos cantores e poetas
Com suas vozes tão corretas,
Neste ambiente salutar.
Porque, cantando no CAPEJAR,
As rimas são mais completas.

Nas vinte e três edições
Do nosso Grito nativo,
Procuramos manter vivo
O culto das tradições.
E o eco dessas canções
Reacendem o telurismo,
Convivência e gauchismo,
Com poetas e cantores,
Verdadeiros promotores
Do Grito do Nativismo.


Versos de JOÃO DAMÁZIO CATTELAN